quarta-feira, 17 de novembro de 2010

aquele olhar

Eu estava andando, ouvindo a nossa música... segurando as lágrimas enquanto escutava a parte que mais me fazia lembrar de você. Então, ouço chamarem meu nome e, em seguida, me deparo com você.
Minha respiração parou, fiquei sem reação... Não consegui olhar em seus olhos na primeira tentativa.. afinal, já fazia quase um mês.
- Se você soubesse o quanto eu sinto sua falta - e então ele me abraçou com força, com vontade, com carinho, com paixão, com amor.
- O que..? - eu não sabia o que fazer, mas quando reparei, já estava o abraçando.. com a mesma intensidade que ele o fazia.
- Eu preciso de você comigo... Eu errei, eu sei. Mas não importa, engulo o orgulho quantas vezes for preciso para te ter do meu lado - e então ele se afastou e me fitou. Aquele olhar...
Respirei fundo, juntei minhas forças e falei:
- Eu te amo tanto.
Ei, isso não era o que eu planejava dizer... Simplesmente, saiu.
- Eu também. Volta pra mim, por favor. Só volta, só me perdoa - e então ele segurou meu rosto com suas mãos... fazia tanto tempo que ele não fazia isso. Que saudades - Tudo de ruim que tínhamos de passar, já foi... Agora podemos ficar juntos de verdade.
Logo, ele selou os lábios dele nos meus e, ali mesmo, nos beijamos. Perfeito, como sempre costumou ser, até que... até que eu acordei.
Era só um sonho... de novo.

sábado, 13 de novembro de 2010

menos que lembranças

Você já foi, eu já fui. Tudo acabou. Mas por quê me restam essas lembranças? Eu quero te esquecer, quero que você suma, que eu me esqueça de quem você é. Quero que você seja um pequeno pedaço do meu passado. Não nego: você me fez feliz, sinto sua falta, queria que as coisas voltassem a ser como antes, minha maldita e resistente esperança ainda não morreu dentro de mim e você era tudo... mas acabou. Qual a dificuldade de aceitar isso? Qual o problema em seguir em frente? Talvez seja porque eu ainda quero ser feliz ao seu lado, mas querer não é poder... assim como te amar não é suficiente. Eu preciso de você longe, para te esquecer e aceitar que acabou e que, simplesmente, foi bom enquanto durou... Mas acabou, acabou, acabou. Por que isso não entra na minha cabeça? Eu já decidi que te esquecer é o melhor a fazer e que eu posso viver sem você como sempre fiz... Mas as lembranças, as memórias, os momentos não me deixam. Eu quero gritar, quero que o tempo apague o sentimento e as lembranças. Quero que tudo que a gente passou seja levado com você, não preciso de memórias para me lembrar de chorar porque a gente se perdeu... Quero só que tudo se vá, que você seja menos que uma cicatriz em mim, no meu coração. Leve essas memórias com você, pois são elas que não me deixam ir embora assim como você fez. Eu só queria esquecer. E continuar. Sem você.

sábado, 6 de novembro de 2010

incompleta

Perder o chão. Perder o ar. Perder a força. Perder a felicidade. Perder o sentido. Perder o sentimento. Perder a questão. Perder o prazer. Perder a vontade. Perder a conquista. Perder a certeza. Perder a razão. Perder a luta. Perder a confiança. Perder o dia. Perder o tempo. Perder a coragem. Perder a satisfação. Perder a graça. Perder a paixão. Perder o coração. Perder você.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

espelho

Somos mais parecidos do que pensávamos... Eu já sabia de algumas semelhanças, mas passando pelo mesmo que te fiz passar - pra pior - eu sei o motivo de cada coisa que você fez... Só não sei se você teve tanta repulsa de mim quanto estou tendo de você agora, nem se você se machucou tanto quanto eu. Se você se sentiu tão enganado quanto eu... Se você tinha certeza de alguma coisa ou se estava tão sem chão quanto pareço estar. Também não sei se você quis tanto me matar quanto eu quero agora... Mas eu te entendo, eu acho.
Eu te entender? Como? Isso é mentira, você é um x pra mim... que estava muito perto de ser decifrado, mas... novamente, aqui estamos, no mesmo início desprezível de antes.

rato

Me enganei quando disse que meu sentimento por você superava qualquer outro... Descobri que a raiva consegue ir aos extremos, que a tristeza dos seus atos podem me ferir mais do que você consegue acelerar meu coração, que meu ciúme pode falar mais alto do que a voz da razão. Tudo superou o medíocre sentimento que você criou dentro de mim, só pra matá-lo. Você não merece mais uma única lágrima minha... se você queria empate, saiba que seu jogo foi sujo.
Posso não ter moral, mas minha consiência nunca esteve tão limpa.

derrota

- O que foi? - ele perguntou, passando os dedos pelo meu cabelo e os jogando atrás da minha orelha.
- O que? - perguntei enquanto revirava os olhos e tirava os dedos dele dali.
- Você tá diferente - ele disse, tristonho.
- Não tô. Dá um tempo - eu falei, empurrando-o e, em seguida, apoiando meu rosto nas palmas da minha mão.
- O que foi que eu fiz? - ele falou, envolvendo seus braços em meu ombro.
- Me deixou dependente - eu disse, tentanto controlar uma lágrima que brotava do meu olho.
- Dependente? Mas... Linda, dependente de que? - ele falou, inocente como sempre.
- De você - e então encostei minha cabeça no ombro dele, cedendo.

efeitos

Colocando as cartas na mesa, eu admito... normalmente não tenho reais dúvidas, dessas que passo a noite me perguntando ou imaginando possíveis respostas. Ah, esqueci de mencionar que isso era antes de te conhecer - mero detalhe.
Antes eu era tão mais concreta - confesso que nem sempre sabia o que fazer, que caminho tomar, à quem recorrer.. Mas era tão mais fácil! Agora eu me sinto num vazio completo de dúvidas. Há alguns meses, pelo menos eu sabia o que eu sentia - ridículo/intenso que fosse ou sem fazer ideia se era correspondido... pelo menos eu sabia o que eu sentia, o que eu queria.
Agora, eu me sinto tão perdida, sem saber o que fazer perdida nos meus sentimentos... E você não coolabora. Isso me tira do sério...
Você me faz querer gritar, escrever um texto falando todos os palavrões e xingamentos possíveis! Me faz querer sumir de vez em quando... Você me tira do sério, sempre tirou e, quando eu mais achei que estava tudo no caminho certo, você me indica que vai ser sempre assim.