quarta-feira, 26 de março de 2014

ao natural

Quando a gente se apaixonou, há um ano e meio atrás, eu te descrevi como um pássaro. Falei que você voava livre e solta pelo céu e que eu tinha dado sorte de você ter gostado do meu jardim e ter me escolhido pra te cuidar. Se hoje já não é mais assim, eu nunca tentaria te prender numa gaiola. Não faria bem pra mim tentar mudar sua essência, nem assistir o pássaro colorido e cativante por quem me apaixonei se transformar numa criatura engaiolada. Eu vou te soltar no mundo, livre pra ir embora, se jogar na imensidão azul e ser feliz à sua maneira. Talvez, um dia, você volte, venha me visitar - seguindo a naturalidade da sua natureza. Há também muitos pássaros, muito céu pra eu olhar. Também quero me entregar a esse mar de ventos que me faz querer voar.