Há tanta cabeça crédula de cada coisa que pensa, sente ou fala. Enquanto isso, tenho poucas certezas na vida. No entanto, ainda que incerta de muitos dos meus próprios pensamentos, sentimentos e palavras, há pequenas verdades absolutas. Uma delas é que existem pessoas pontuais em nossas vidas que, independente de nossa vontade, nós não esquecemos.
Não esquecemos, mas morremos de medo que, com o passar dos anos, esqueçamos os detalhes que tanto nos agradam. Um sorriso, um cheiro, uma voz, um sotaque, uma conversa, um toque, uma mania. A memória engana e, como todo sonho bom, a gente passa a duvidar da existência de algumas delas.
Pois bem, que então o propósito desse texto seja posto em prática: que duvide do detalhe, mas que se recorde da sua profundidade e significado sempre que ler o quanto os adorava.
Quanto ao rosto dessas certas pessoas, digo por mim mesma - e falo com toda a certeza que eu poderia apostar em palavras tão singelas com as seguintes: o dela, não esqueço.