quarta-feira, 23 de outubro de 2013

desencanto

A tênue linha entre a raiva e a obsessão, o ódio e o amor. Frequentemente, desligo-me de todo seu drama, de todos os seus nós, da sua bagunça. Me vejo longe de teus teatros mirabolantes e dos seus choros vazios, os prantos falsos, suas incógnitas inexistentes.
Entretanto, não tenho o autocontrole que gostaria de ter. A cada contato noto seu efeito, basta injetar a doce dose de nostalgia... e logo sinto o doce veneno dando voltas e mais voltas no meu cérebro.
É como uma bailarina esperando para girar na caixa de música. Minha remição está na quieta racionalidade - e esta, muitas vezes infalível, me lembra que tudo já não faz parte do presente há tempos.
Já te deixei ir há muito; essas são só as pequenas sequelas de um processo longo, demorado e gradativo. Enfim, há de vir a hora em que tudo se esvai de maneira irreversível. Até lá, espero a próxima amarga pontada nostálgica... E, enquanto isso, tu mantém me rendendo textos.