quarta-feira, 24 de julho de 2013

cartola

"Colour my life with the chaos of trouble"
Chove nesse frio. Ontem ventou na praia, meus cabelos voaram e o sol aqueceu minha pele. Agora meus dedos gelam, mesmo dentro de casa. O barulho da água caindo me inspira. A noite é uma criança que cresce rápido... E eu danço no tempo cada vez que checo o horário. A música baixa domina meu quarto; é um aconchego só. Livros, filmes, páginas, cenários, personagens, diálogos. Isso gera uma agitação em mim. Acabo sempre por olhar para o céu e sentir um nó na garganta; uma vontade de explorar. Eu sou tão pequena, tão fadada a não conhecer cada canto de história. Os livros, os filmes, as músicas... tantas ilusões: não posso me dar ao luxo de largar tudo e embarcar em uma viagem aleatória. Bancar a andarilha. Eis uma vontade condenada! Mas ah, só de respirar um ar paralelo, uma loucura inventada... Isso já me dá energia suficiente para continuar a sonhar no meu interior. Meu perdido interior. Um vasto interior que explode tamanho desejo de se tornar concreto.
Mas não. É fantasia. A chuva continua caindo - e eu continuo uma formiga contraditória nesse mundo gigantesco, ofuscada por tanta beleza, por tanto caos.

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